sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Livro Paz e renovação.Médium: Francisco Cândido Xavier

O espírita cristão, porque busca realmente compreender Jesus e raciocinar no Evangelho, é alguém sob regime de fiscalização permanente. Daí procedem as múltiplas contradições nas criticas que recebe.

Habitualmente, se é generoso, a multidão em torno dirá dele: é perdulário. Se economiza: é avarento. Se mantém a disciplina: é ditador. Se não observa condições e horários: é irresponsável.

Se diligencia renovar as normas conhecidas: é revolucionário. Se conserva os padrões de hábito: é inerte.

Se usa franqueza: é descaridoso.

Se contemporiza: é hipócrita.

Se brinca: é irreverente.

Se chora: é obsesso.

Se comunicativo: é estouvado.

Se discreto: é orgulhoso.

Se estuda intensivamente:é afetado.

Se estuda menos: é ignorante.

Se colabora com afinco na assistência social: é santarrão.

Se coopera menos na beneficência de ordem material: é preguiçoso.

Se revela ardente fervor nas convicções: é fanático.

Se analisa, como é necessário, as instruções em andamento: é um céptico.

Se trabalha com grande número de pessoas: é demagogo.

Se trabalha em ambiente restrito: é insociável.

Efetivamente, a multidão é nossa família e nada justificaria qualquer propósito de nos distanciarmos dela, a pretexto de superioridade individual. Somos claramente chamados a servi-la. Com ela e por ela, é que também nos despojaremos das imperfeições que nos marcam a vida. Ainda assim, conquanto amando-a e abençoando-a, não nos seria lícito esquecer que ela própria, um dia preferiu Barrabás a Jesus, em lamentável engano. Atentos a isso, onde estiveres e como estiveres, coloca-te acima das opiniões humanas, e serve a Jesus servindo à multidão, ofertando à seara do bem o que fores e o que tiveres de melhor.


Livro Paz e renovação.Médium: Francisco Cândido Xavier

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